segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fala, Sambista...
É o seguinte, vamos falar, sim, à respeito da enquete que fiz com os visitantes deste blog sobre o conhecimento da "massa" em torno do Samba Paraense, já me perguntaram sobre o tema e, obviamente, vou usar este espaço para comentá-la. Entretanto, hoje eu gostaria apenas de acrescentar, através desta postagem, o material de Samba na Era Vargas (1930-45), assunto muito bacana e necessário para quem gosta e pretende conhecer mais sobre o "velho e bom samba" e extremamente importante para os que, obstinadamente, buscam um "lugarzinho ao sol", através de um curso superior, via vestibular. Ao fazê-lo, na verdade, aceito o conselho de um de meus melhores alunos (só para constar, sou professor de História de ensino médio e cursinhos aí pela cidade), o Robson, um desses muitos jovens inteligentes e dedicados que ainda existem por aí, mesmo com toda a mediocridade intelectual e toda a "momó cerebral" que impera, provavelmente embalados pelos "T's" e "S's" e mergulhados até a cabeça nos "Ice's" e "Red Label's" da vida, na hora do pânico...

Bom, o fato é que estou postando neste momento um material que, se não é "novo" (o produzi em 2005), continua sendo um bom material, já que suas referências bibliográficas e citações se vinculam a alguns dos livros, ainda hoje, utilizados nos cursos de História do Brasil da UFPa, por exemplo, portanto, importantes para o estudo do tema.

Você verá o "samba malandro", o "samba dor de cotovelo" e o "samba exaltação", claro, os nomes são todos arbitrários e criados apenas para poder diferenciá-los a partir de algumas de suas características mais marcantes. A cena ao lado representa um desses momentos, uma típica gafieira. A arte é de Seth, e apareceu em um livro de Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade de 1965, "Rio de Janeiro em Prosa e Verso". Aqui, estou utilizando a reproduçaõ de Roberto Moura, em seu estudo "Tia Ciata e A Pequena África no Rio de Janeiro". Ei, mas isso não é uma aula! o importante é ler o material.

Finalmente, não esqueçamos que a idéia é levar um material didático, mesmo, e de nível médio, ok??? Para conhecer um pouco da História do Samba do período e para dar aquela força no Vestibular. Basta clicar no Link abaixo.
Valeu sambista!!!! Um grande abraço!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

Porque eu tô voltando...


Fala, sambista!!!! Depois de um longo período sem postar novidades estou voltando e com força total. Andei procurando aprender alguma coisa sobre essa história de post e tal e, finalmente, com o auxílio do meu sobrinho blogueiro (moleque de onze anos), Vitorino da Jamaica, aprendi a colocar as músicas e os CDS bacanas no BLOG. Sendo assim, estou oficialmente reabrindo o nosso canal de contato e espero mesmo que todos possam baixar e ouvir esses sons, que representam, junto com tantos outros gêneros e artistas, o que há de melhor em termos de música brasileira.
Em setembro de 2001, ocorreu no Teatro Margarida Schiwazzappa do Centur o show "Samba de artista", uma bela realização em termos de Figurino, iluminação etc., com a participação de muitos sambistas paraenses de qualidade, como Ademir do Cavaco, Bilão, Marquinho Melodia, Axel Foley e mais um monte de gente boa nos instrumentos e também na parte da produção e da montagem, aliás teve a apresentação do Janjão, que abriu nosso BLOG no primeiro post. Este evento ainda vai ser, no futuro, assunto para outro post, mas no momento estou disponibilizando para todos vocês alguns lindos sambas que apareceram no CD gravado, ao vivo, naquela ocasião. Na verdade, por uma questão que julgo ética, eu ainda preciso falar com a rapaziada que fez o show, inclusive em entrevistas mesmo, para que conheçamos um pouco da história deles, que também é parte da história do samba paraense, antes de disponibilizar a íntegra do CD. Então, rapaziada, vão se aquecendo com essa amostragem do que foi o show e lá na frente a gente volta a ele. Um grande abraço a todos...









terça-feira, 23 de junho de 2009

O Samba nasce no coração...

Não tenho o gabarito técnico dos pesquisadores que, do "mofo" dos arquivos históricos e do "fundo das bibliotecas", fazem seus trabalhos acadêmicos com empenho e honestidade inquestionáveis como, apenas para citar alguns, o fizeram Leonardo Affonso de Miranda Pereira, no Rio de Janeiro analisando as crônicas literárias relativas ao carnaval carioca e suas evoluções durante o século XIX ou Roberto Moura com o seu "Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro", trabalhos que resultaram de pesquisas intensas e contribuem para a construção de uma história do nosso samba, mas meus amigos sambistas, sabem de uma coisa? Não é de aspectos técnicos que pretendo falar neste breve texto. A questão é que o samba é igual ao AMOR, é sentimento galera, daí lembrei rapidamente de uma frase da Simone, a cantora, que dizia que ele (o amor) "tem que ser sentido e não analisado".

A verdade é que a arte, como um todo, e aí não importa se cantada, pintada, erigida ou esculpida - ou qualquer outra forma -, toca-nos como nos tocam os sentimentos. Entendo, então, o meu querido e semi-erudito amigo Prof. Marques que me dizia do fato de não gostar do som da percussão nas gravações musicais. Sabidamente sério (o também prof. Igor Corrêa falava da "dificuldade de chegar nesse cara"), o meu parceiro se desmancha mesmo é ouvindo "The Beatles" e se sente, como meio mundo, um pouco deslocado no tempo por só ter nascido em fins da década de 1970 e ter perdido os "loucos anos 60". Sentimento, irmãozinho, é isso.

De minha parte, gosto de um bocado de coisas, reconheço a importância histórico-cultural-social de outras tantas, tolero algumas, mas quando ouço aquele "tuumtum-tumtum-tumtum" ou aquele "cheq-cheq-cheq-cheq-cheq", "meu cumpadi", aí o negócio pega. Dá aquela vontade de sair pra rua, parceiro, começo a falar engraçado e soltar um monte de jargões do "metiér", valeu. "Biiiiicho", isso dá uma sede! É o tal do sentimento que o samba traz. Desde a revolta por toda a sacanagem desse país, passando pela realidade da cidade, da pobreza, das crianças, até chegar no mais singelo recado de amor, na "dor de cotovelo" de um samba dolente. Lembremos o refrão do grupo "Da melhor qualidade", ..."o canto forte, o samba resiste e a gente insiste em lhe preservar, vem pro samba, vem sambar!". Mais ainda que história, samba é sentimento.


Um abraço a todos os sambistas e ao caríssimo amigo Prof. Marques.


PS: Essa semana começam a aparecer por aqui algumas personalidades que fazem o samba pela cidade, se liga malandro!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Entrando na rede...

Perguntaram-me outro dia como andava o samba em Belém, eu respondi que não estava muito diferente dos últimos 20 anos, mais ou menos o periodo que pude acompanhar, com a adolescência etc. Melhorias sérias no trato com nossa "arte popular", tão antiga quanto o próprio Brasil, ainda não vemos, mas tem o lado bom minha gente, estamos aqui, firmes e fortes, passando pelas ondas, às vezes contabilizando em nosso favor um pouquinho delas, e assim vamos SOBREVIVENDO. Os sambas da cidade estão todos ai, caras bacanas demais como o Toni Melodia, na Pedreira e os meus chapas aqui do "EM FORMA DE SAMBA", Miro, Gordo, Peixe, o "peixinho", Roxo, botando pra quebar no Bengola. Rapaziada esse aqui vai ser um minimo, mas sempre aberto espaço para as nossas conversas, contribuições e para os nossos desabafos indignados, quando acharmos necessário. Como sou semi-analfabeto em midias digitais (e em todas as outras) vou melhorá-lo aos poucos e os SAMBAS de qualidade aparecerão aqui, com certeza. Então, compareçam. E vamos aos sambas, porque o poeta negro já dizia, "ele agoniza, mas não morre"!!!!